top of page
Buscar

6 ERROS que os professores cometem diante os alunos com baixa visão

  • olhosdesvendadosrj
  • 18 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

ree

Olá, tudo bem?


Neste post vamos falar sobre um assunto polêmico e que gera muita discursão e muitas dúvidas:

Qual é a postura CORRETA que o(a) professor(a) precisa ter com o aluno(a) com baixa visão?

E posso responder de forma sincera que não existe uma forma CORRETA e muito menos uma única forma.

Precisamos pensar primeiramente que antes da deficiência, naquele ser, existe uma personalidade, vivências, estilo de vida e etc. Não podemos elaborar uma apostila e ditar ações a serem seguidas porque o fracasso pode ser visto rapidamente.

Existem sim algumas metodologias que podem nos dar uma luz frente ao assunto abordado, mas nunca uma regra. O que pode funcionar para um(a) aluno(a) pode não servir para outro(a).


Citaremos situações que podem até parecer questões óbvias e que todos consideram como o que deve ser feito, mas não é bem assim.


Vamos lá:


No primeiro dia de aula sinalizar que na sala de aula existe um(a) aluno(a) com baixa visão e que este indivíduo irá precisar de ajuda dos demais colegas de classe.


NÃO FAÇA ISSO!

Dependendo da idade a própria criança/adolescente/adulto com baixa visão não irão saber lhe dar com essa situação.

Quer ver um exemplo bem interessante? Já pensou apresentar uma criança “padrão” no primeiro dia de aula?

“- Temos aqui um colega sem deficiência e ele não vai precisar da nossa ajuda!”

Fica bem estranho não é mesmo?

Antes deste tipo de atitude é necessário conhecer, saber quem é este ser e não julgar qual o tipo de auxilio que ele irá precisar.


Colocar uma carteira isolada lá na frente do quadro, distante de toda a turma.

Por que não o colocar mais próximo do quadro, já que a pessoa com baixa visão não enxerga de longe?

Porque existem diversas particularidades na visão da pessoa com baixa visão. Uma pessoa pode enxergar melhor em ambientes claros, outras escuros, melhor perto, melhor longe, reafirmando que não existe um PADRÃO a ser seguido. Logo seria em vão toda essa arquitetura, porque muito provavelmente, este ser não vai conseguir visualizar o quadro de forma plena além de separa-lo dos demais colegas.

Sugestão: Converse com o(a) aluno(a) antes sobre o assunto e faça testes para saber realmente se há um lugar ideal, com uma distância adequada para ter êxito nesta ação.


Prova ampliada.

Geralmente o (a)aluno(a) com baixa visão solicita material/prova ampliada e este pedido é entendido por uma forma literal.

Já presenciei situações onde a prova era confeccionada em folha de papel A2 (420x594mm), usado para fazer cartazes, e o texto digitado estava em fonte 14. O que não tem nenhuma lógica!

A dificuldade da pessoa com baixa visão está justamente no tamanho da fonte do texto e não no tamanho da folha de papel. E isso também deve ser tratado com o(a) próprio(a) aluno(a), porque só ele(a) poderá dizer a melhor fonte.


Usar o(a) aluno(a) com baixa visão como exemplo para a turma.

Uma situação bem complicada está presente neste caso. Quando o(a) aluno(a) com baixa visão se destaca em alguma atividade logo é apontado como exemplo e suas dificuldades são destacadas diante a turma como um sujeito a ser visto como um herói. Isso não é nenhum pouco legal e tão pouco interessante, pois isso só reafirma o pensamento retrógrado e capacitista.


Pedir que o(a) aluno(a) vá até o quadro para ensinar uma matéria nova.

Muitos professores consideram que esta atitude pode ser a mais adequada, mas NUNCA, JAMAIS! Esse é um dos erros mais gritantes. Considere o simples fato de que, mais uma vez, precisamos pensar que a visão não é igual a nenhum ser com baixa visão, logo não é porque no quadro a letra está maior que ele(a) vai visualizar melhor. Também ocorre que neste caso temos uma situação de uma matéria nova e este indivíduo pode ter ou não alguma dificuldade com o assunto abordado.

Já pensou no que tudo isso pode causar no momento em que está aprendendo algo desconhecido? Diante toda uma turma?


Tratar o(a) aluno(a) com baixa visão apenas como um ser que está em sala de aula para que a lei seja cumprida.

Situação extremamente complicada e triste. Infelizmente ainda ocorrem muitos casos como este.

O profissional da educação que minimiza o esforço do indivíduo. E como isso é feito? Um exemplo muito comum é quando o aluno possui algum tipo de dificuldade e solicita auxílio ao professor e tem como resposta apenas o “conforto”:

“- Fica tranquilo(a)! Vou lançar uma nota boa para você passar de ano.”


Mas quem disse que este ser quer apenas isso?


Diante essas situações citadas, sendo essas todas presenciadas, vividas e baseadas em relatos de colegas, podemos concluir que são pequenas ações que podem fazer a diferença na vida escolar da pessoa com baixa visão.

Podemos dizer que certos ajustes como estes podem evitar a tão temida evasão escolar ocasionadas por situações vexatórias e a falta de diálogo.

O diálogo com o responsável e principalmente com o(a) aluno(a) é o PRINCIPAL caminho no âmbito educacional deste ser.


Gostou deste post?


Autora: Renata C. Barbosa


Siga-nos nas redes sociais

Facebook e Instagram @olhosdesvendados



Comentários


bottom of page