QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA BAIXA VISÃO?
- olhosdesvendadosrj
- 9 de fev. de 2023
- 3 min de leitura
Olá, tudo bem?
Após muito pensar em como transcrever em palavras sobre este assunto que é tão importante, e ainda não tão conhecido, digo que até um pouco complicado. Porque a Baixa Visão/ Visão Subnormal/ Visão Reduzida, possui diversas variações e o que serve para uma Pessoa, pode não servir para outra.
Apesar de viver neste “mundo”, ainda nos deparamos sempre com novidades no que diz respeito a diagnósticos, tecnologias assistivas e opiniões.
Então as informações que iremos trazer neste post é um mero apanhado daquilo que vivenciamos, opinião de outras Pessoas que também possuem Visão Subnormal amigos/colegas e em grupos que falam sobre o assunto.
Mas antes de tudo: O que é a Baixa visão?
A baixa visão é a perda visual que não pode ser corrigida com o uso de óculos convencionais, lentes de contato, medicação ou cirurgia. (Faculdade de Ciências Médicas – UNICAMP)
E qual são suas causas?
· Congênita/Genética: Catarata congênita, toxoplasmose e etc.
· Adquirida: Por doenças adquiridas como diabetes, descolamento de retina e etc.
Segundo CID 10 é considerada Pessoa com Baixa Visão/Subnormal o indivíduo que apresenta acuidade visual corrigida no melhor olho menor que 0,3 ou maior ou igual a 0,05 ou campo visual menor que 20º com a melhor correção ótica.
Bem, agora que já citamos as questões técnicas, vamos falar sobre tudo isso na prática.
A Pessoa com Baixa Visão
Na verdade, se sente perdida em muitas situações. E por que isso acontece?
Porque ela enxerga, mas não o suficiente, mas também não é uma pessoa com ausência total de visão. Logo fica no meio termo. E isso causa uma série de questionamentos tanto do próprio indivíduo ou até mesmo nos que o cercam.
Como falamos anteriormente a visão pode variar de pessoa para pessoa, então um sujeito enxerga diferente do outro. Comparar a visão de ambos é um erro, pois a claridade ou a falta dela, o horário do dia (manhã, tarde e noite) e outras situações diversas fazem com que a visão varia mesmo que a patologia seja a mesma.
E isso se torna mais complicado quando a deficiência é adquirida, porque além do precisar entender o que está acontecendo, se readaptar a vida existem e os questionamentos dos que os cercam. O que é super compreensivo.
E falando sobre questionamentos, ouvimos muitos. Alguns invasivos, outros nem tanto.
Um exemplo clássico é a seguinte pergunta: como você enxerga?
Nós do Blog @olhosdesvendados entendemos que existem duas perspectivas:
1 – A da Pessoa que possui a deficiência congênita, ou seja, a que já nasceu com a visão comprometida
2 – A que adquiriu a deficiência no decorrer da vida.
Pois, quando questionado o indivíduo que adquiriu a deficiência irá dizer com riqueza de detalhes como está enxergando naquele momento. Já o que possui uma deficiência visual congênita pode até dizer que enxerga melhor de perto, ou de longe, mas não com os detalhes que você pode estar esperando. Afinal a referência que ele possui não é a mesma que a sua, que possui uma visão regular.
Uma pergunta também muito frequente é: não está precisando trocar os óculos?
E essa é uma das mais frequentes. E dependendo do dia e da hora, temos uma gama de respostas. As vezes falamos de forma explicada, resumida ou só confirmamos. Imagina responder sempre a mesma coisa?
Para pegar um transporte público também é complicado. Por muitas vezes a deficiência não é aparente e as pessoas consideram apenas que estamos sendo “folgados” e nos negam tal auxílio, mas também existem aquelas pessoas que ficam desconfiadas, porém ajudam.
Atualmente temos muitas tecnologias que nos auxiliam no dia-a-dia. Em alguns estados existem aplicativos que avisam qual ônibus que está chegando e, outro quando precisamos saltar.
O mesmo acontece com as lupas, que hoje em dia tem muitas variações no mercado. E que facilitam no estudo, nas compras, enfim, no cotidiano em geral.
Reunimos neste post algumas situações que enfrentamos todos os dias. Mas para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva a Educação é necessária. Campanha e divulgação nas grandes mídias trazem luz ao assunto.
E não estamos falando sobre temas como “Superação” ou coisas do gênero, falamos de conhecimento. Porque este problema é uma questão de Políticas Públicas e, não somente do deficiente.
Lembrando mais uma vez que estamos trazendo neste post nossas opiniões, de amigos e colegas; o que pode não ser algo unânime. Respeitamos a identidade de cada indivíduo com deficiência. Afinal antes da deficiência existe uma Pessoa com objetivos, personalidade, sonhos...
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