Você sabe quem foi Dorina Nowill?
- olhosdesvendadosrj
- 27 de out. de 2022
- 3 min de leitura

Olá, tudo bem?
Neste post iremos contar um pouco da história dessa personalidade tão importante que foi Dorina Nowill. Suas ações e trabalhos que geram frutos até os dias de hoje.
Posso dizer que conhecia sim o trabalho realizado pela FUNDAÇÃO DORINA NOWILL, mas ao me deparar com sua história e luta, passei a ter uma tremenda admiração. Visto a época em que sua luta pelos direitos a educação da pessoa com deficiência visual foi travada e os resultados positivos obtidos me leva a acreditar que muito há a ser feito mas que nem tudo está perdido.
Dorina de Gouvea Nowill nasceu em São Paulo em 1919. Perdeu a visão aos 17 anos por algum motivo não diagnosticado na época. Contudo, não desistiu dos seus estudos e foi a primeira aluna deficiente visual da Escola normal Caetano de Campos abrindo portas posteriormente para a integração de outra menina na mesma condição.
Tempos mais tarde, em 11 de março de 1946, foi fundada a FUNDAÇÃO DORINA NOWILL, com o objetivo de minimizar a carência de livros em braile no Brasil.
Em 1948 se especializou em educação para cegos no TEACHER S COLLEGE da Universidade de Columbia, em New York nos Estados Unidos. Lá participou de uma reunião sinalizando a escassez da oferta dos livros para deficientes visuais em seu país. Consequentemente recebeu em sua fundação maquinário e material para confecção dos livros, assim dando início a tão conhecida imprensa que funciona até os dias de hoje, oferecendo de forma gratuita para todo o Brasil livros em Braile, para pessoas cegas, e ampliadas, para pessoas com baixa visão.
Já em 1954 ela conseguiu que o Conselho Mundial do Bem-Estar do Cego se reunisse com autoridades da área da saúde brasileira, a fim de sinalizar a importância da prevenção à cegueira em nosso país.
Posteriormente contribuiu na elaboração da lei de integração escolar em 1956.
Entre os anos de 1961 e 1973, Dorina foi Diretora na campanha nacional do Ministério da Educação e Cultura (MEC), na educação dos cegos. E neste momento foram criados serviços na educação dos deficientes visuais em todas as unidades da federação.
Durante a Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra no ano de 1982, lutou pelos direitos ao trabalho da pessoa com deficiência e naquela ocasião conseguiu que a recomendação 99, que se tratava basicamente do oferecimento de vagas de trabalho destinados à pessoa com deficiência, fosse discutida. Em 1983 essa proposta foi aprovada no Brasil garantindo o direito a reabilitação, treinamento e emprego para as pessoas com deficiência.
Nowill também foi Presidente do Conselho Mundial do Bem-Estar dos Cegos, hoje conhecido como Organização Mundial dos Cegos. Recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais ao longo de sua trajetória.
Entendeu agora porque admiro tanto esta mulher? Falo não apenas por ela ser uma mulher com deficiência. Mas pelo simples fato de ter sido uma MULHER que lutou por direitos globais em um momento em que as mulheres não eram ouvidas.
Importante lembrar que Dorina em 1996, lançou o livro “E eu venci assim mesmo” traduzido para o espanhol que fora lançado em toda América latina.
Nos últimos anos de vida se dedicou apenas aos trabalhos em sua fundação.
Faleceu em 29 de agosto de 2010 aos 91 anos.
A imprensa de sua fundação é considerada como uma das maiores do mundo no que diz respeito à oferta de livros em Braile, ampliados,, audiolivros e livros digitais destinados as pessoas com deficiência visual.
A fundação conta também com outros serviços voltados a inclusão da pessoa com deficiência visual no Brasil.
“Vencer na vida é manter-se de pé quando tudo parece estar abalado. É lutar quando tudo parece adverso. É aceitar o irrecuperável. É buscar um caminho novo com energia, confiança e fé.”. (Dorina Nowill)
Simplesmente sem palavras...
Agora acho que vale o questionamento:
Percebeu que muitos avanços foram conquistados no decorrer dos anos?
Percebeu que o material didático pode ser oferecido de forma gratuita?
Onde estão essas crianças deficientes, já que esta luta não começou agora?
Por que ainda temos um número grande de crianças deficientes que não estão em sala de aula?
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De: Renata C. Barbosa
REFERÊNCIAS:
Site Da Fundação Dorina Nowill: https://fundacaodorina.org.br/
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